Excesso ou falta de luz azul podem causar problemas oculares e até distúrbios do sono
Com as novas pesquisas no campo da oftalmologia, hoje se sabe muito mais sobre os efeitos nocivos da luz azul que irradia do sol, dos LEDs, celulares, computadores e diversos outros aparelhos eletrônicos. Esse tipo de luz se subdivide em dois tipos: a luz visível azul turquesa e luz visível azul violeta, que pode estar relacionada a doenças da retina (estrutura ocular fundamental para a visão), tais como a degeneração macular relacionada com a idade, uma das principais causas de cegueira após os 50 anos. Proteger-se contra esse tipo de luz, portanto, é essencial para a saúde ocular.
Para entender melhor, a luz azul é o maior componente da luz visível, ou seja, é onipresente em nossas vidas. Embora a retina humana seja protegida pela córnea e outras estruturas, a luz azul consegue penetrar na região, provocando danos.
Sabe-se que um pouco de exposição à luz azul tem efeitos benéficos contra a miopia, mas o problema está na exposição além dos limites saudáveis, o que costuma acontecer diariamente na vida moderna. Hoje, além da luz do sol, a maioria das pessoas se expõe mais de seis horas por dia a aparelhos eletrônicos, como celular e computador, o que potencializa os efeitos danosos.
Como o sol é o maior responsável por emitir esse tipo de luz, o ideal é sempre proteger os olhos desse excesso ao se expor à luminosidade do dia. Para isso, há possibilidade de usar óculos com filtros específicos para luz azul. No entanto, para quem deseja mais autonomia e praticidade, já existe no mercado uma lente de contato que traz essa proteção com eficiência.
Além desse cuidado com o sol, no entanto, é preciso lembrar que a luz azul nos acompanha em locais fechados, como em casa ou no ambiente de trabalho. A luz do computador, aquele tempo que passamos no celular, o filme que assistimos na TV, por exemplo, são momentos em que nos expomos ainda mais.
Luz azul e o sono
Proteger-se contra a parte nociva da luz azul é útil para a saúde dos olhos, mas a ausência total desta luz pode trazer consequências para o sono. Para entender melhor, quando em quantidade moderada, o tipo de luz azul emitido pelo sol (luz azul turquesa) é importante para regular os ciclos de sono e vigília, fazendo com que o organismo entenda quando é para ficar desperto e quando é a hora de dormir.
A luz azul que emana dos smartphones ou aparelhos eletrônicos (luz azul violeta), porém, é o tipo que afeta negativamente o sono por bloquear a produção de melatonina, hormônio que começa a ser liberado ao entardecer, o que pode provocar insônia.
Quarentena e a exposição excessiva à luz azul
De repente, o mundo mudou: com a pandemia do novo coronavírus, grande parte da população mundial passou a ficar em casa e, com isso, veio o aumento da exposição às telas, já que, mesmo que a pessoa não trabalhe em frente a um computador, é provável que agora ela tenha mais tempo para se dedicar à sua série favorita ou se divertir no celular, equipamentos que emitem luz azul.
A dinâmica escolar também se transformou: parte dos alunos agora frequenta a escola de forma online, sendo expostos ainda mais à luz nociva.
É preciso, portanto, ficar atento à quantidade de horas de exposição às telas, já que, além da luz azul, o contato prolongado dos olhos com os aparelhos digitais provoca fadiga ocular, por isso é importante fazer uma pausa durante o expediente. Sabe-se também que as crianças ficam mais vulneráveis à miopia por causa do excesso de uso de telas digitais próximas ao rosto.
Outro problema que deve ser considerado durante esse período de isolamento social é que o aumento da exposição à luz azul pode atrapalhar o sono das crianças e dos adultos, atrapalhando o rendimento escolar e do trabalho. É necessário, portanto, limitar o acesso às telas durante o período da noite, e optar por um entretenimento que não seja por meio de eletrônicos.
Fonte: minha vida
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